Empfehlung meinerseits. Das ist einer der etwa Handvoll von Texten, die ich bisher geschrieben habe, die wirklich Hand und Fuß haben. Und dabei auch gleich noch mit ein paar populären Mythen zu Pasolini aufräumen.

https://fed.brid.gy/r/https://bsky.app/profile/did:plc:rzah5vj5pk2ynvyoggemt7uy/post/3m4gclsebts2v

#PierPaoloPasolini #Film #Filmkritik

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Eine Freischaltung aus unserem Print-Archiv anlässlich des 50. Todestages von Pier Paolo Pasolini: Gegenermittlung. Pasolini und Lotta Continua – eine Relektüre. Von Fabian Tietke https://www.cargo-film.de/heft/24/film/debatte/gegenermittlung/

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Itália em cena: 20 anos de paixão pelo cinema

A 20ª edição do Festival de Cinema Italiano chega ao Brasil em 29 de outubro de 2025 celebrando duas décadas de exibição e difusão da cinematografia italiana. Neste marco histórico, o evento reúne uma seleção especial que mescla estreias inéditas no país e uma retrospectiva de obras fundamentais, oferecendo ao público um panorama abrangente da riqueza e da diversidade do cinema da Itália. O Festival é um projeto organizado pela Câmara de Comércio Italiana de São Paulo (Italcam), em colaboração com a Embaixada da Itália e com o Ministério da Cultura.

Nesta edição comemorativa, o evento homenageia os grandes maestros do cinema italiano: mestres do passado, que transformaram os escombros da guerra em imagens que emocionaram o mundo, e mestres do presente, que seguem expandindo esse legado com obras brilhantes, frutos diretos da herança deixada por seus predecessores.

Na Sessão Inéditos, o público terá oportunidade de ver algumas das produções mais aguardadas do cinema italiano contemporâneo. Entre elas, está Le Assaggiatrici (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini, que retrata a experiência das mulheres forçadas a provar a comida de Hitler, e Napoli-New York, de Gabriele Salvatores, inspirado em uma história original de Fellini e Tullio Pinelli sobre duas crianças que migram clandestinamente para os Estados Unidos no pós-guerra. O festival também apresenta Eterno Visionario, de Michele Placido, um retrato íntimo de Luigi Pirandello; L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò, sobre as estratégias militares de Giuseppe Garibaldi; e Hey Joe, de Claudio Giovannesi, estrelado por James Franco, sobre o reencontro dramático entre um veterano americano e o filho que nunca conheceu. As comédias La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano e Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina trazem humor ao festival, enquanto o tom nostálgico marca o road movie Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai que esteve na Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2025. Premiado em Locarno, Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato, explora o choque entre tradição e modernidade, e Diamanti, de Ferzan Özpetek, brinca com os limites entre realidade e ficção ao reunir atrizes em uma Roma dos Anos 1970. Completando a seleção, o documentário Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida) revisita a crise criativa e pessoal do mestre do neorrealismo nos anos 1950, revelando novos caminhos para sua obra, e o drama Amata (Amada), de Elisa Amoruso, revela o amor, a liberdade e a maternidade em suas múltiplas formas.

Já a Sessão Retrospectiva homenageia os grandes maestros do cinema italiano, trazendo de volta às telas obras que marcaram a história da sétima arte. Entre os destaques, estão Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica, marco do neorrealismo, e Paisà, de Roberto Rossellini, que narra em episódios a libertação da Itália na Segunda Guerra. Também integram a programação Prima della Rivoluzione, de Bernardo Bertolucci, sobre os dilemas ideológicos da juventude; L’Amore in Città (Amor na Cidade), filme coletivo de Antonioni, Fellini, Zavattini e outros; e Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli, sobre solidariedade feminina em meio a crises familiares. O público poderá rever ainda Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini, ambientado no universo operário; L’Assassino, de Elio Petri, estrelado por Marcello Mastroianni; e Enrico IV, de Marco Bellocchio, inspirado em Pirandello. A seleção inclui ainda Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi, denúncia contundente da irracionalidade da guerra; I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio, sobre as descobertas científicas de Enrico Fermi e Ettore Majorana; Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini, documentário sobre a busca por locações autênticas para O Evangelho Segundo São Mateus; e La Cena (O Jantar), de Ettore Scola, que entrelaça vidas e dramas em um restaurante, revelando o cinema como palco da própria vida.

  • Sessão Inéditos
  • Le Assaggiatrici
  • Napoli-New York, de Gabriele Salvatores
  • Eterno Visionario, de Michele Placido
  • L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò
  • Hey Joe, de Claudio Giovannesi
  • Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai
  • Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato
  • Diamanti, de Ferzan Özpetek
  • Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida)
  • Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina
  • Amata (Amada), de Elisa Amoruso
  • La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano
  • Sessão Retrospectiva
  • Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica
  • Paisà, de Roberto Rossellini
  • L’Amore in Città (Amor na Cidade), de Michelangelo Antonioni, Dino Risi, Federico Fellini, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Cesare Zavattini e Alberto Lattuada
  • Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli
  • Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini
  • L’Assassino, de Elio Petri
  • Enrico IV, de Marco Bellocchio
  • Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi
  • I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio
  • Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini
  • La Cena (O Jantar), de Ettore Scola
  • Sessão Inéditos

    Le Assaggiatrici

    https://www.youtube.com/watch?v=s_N_NiqV1v4

    Inspirado no romance homônimo de Rosella Postorino, o longa revisita um capítulo pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial: o grupo de mulheres obrigadas a provar as refeições de Hitler. A narrativa combina tensão histórica e drama humano, abordando a solidariedade feminina em meio ao medo.

    Napoli-New York, de Gabriele Salvatores

    https://www.youtube.com/watch?v=_NgGj07dQWA

    No imediato pós-guerra, entre as ruínas de uma Nápoles devastada pela miséria, os pequenos Carmine e Celestina tentam sobreviver como podem, sempre se ajudando mutuamente. Numa noite, embarcam como clandestinos em um navio rumo a Nova York, com o sonho de viver com a irmã de Celestina, que emigrara anos antes. Ao lado de tantos outros italianos em busca de uma vida melhor, os dois chegam a uma metrópole estranha, que após muitos desafios e descobertas, aprenderão a chamar de lar.
    Escrito a partir de uma história original de Federico Fellini e Tullio Pinelli, o filme é dirigido pelo renomado Gabriele Salvatores e marca um tributo emocionante às esperanças e dores da imigração italiana. Um fragmento de arte cinematográfica criado por dois Mestres do passado ganha vida pelas mãos de Gabriele Salvatores, herdeiro daquele Cinema.

    Eterno Visionario, de Michele Placido

    https://www.youtube.com/watch?v=vdMhedTbSN0

    O filme retrata um momento crucial na vida de Luigi Pirandello, durante sua viagem de trem rumo a Estocolmo, onde receberá o Prêmio Nobel de Literatura. Entre memórias e visões, Pirandello revive os fantasmas de sua existência: a doença mental da esposa, os conflitos com os filhos, o relacionamento complexo com o fascismo e o escândalo causado por sua arte provocadora. Seu amor platônico por Marta Abba, musa e atriz, revela a fusão entre arte e vida, inspiração e sofrimento. A narrativa percorre Roma, a Estocolmo dos Nobel, a Berlim dos cabarés e a Sicília ancestral — compondo o retrato vibrante de um gênio implacável, um eterno visionário que transformou sua dor em arte.

    L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò

    https://www.youtube.com/watch?v=_VHp9-qiPYA

    Em 1860, durante a Expedição dos Mil, Giuseppe Garibaldi enfrenta o poderoso exército Bourbon enquanto tenta conquistar Palermo. Quando tudo parece perdido, confia ao coronel Orsini um plano engenhoso: simular uma retirada com um grupo de feridos e soldados para enganar o comandante inimigo. Começa então uma arriscada partida de xadrez militar, marcada por manobras inesperadas e um desfecho surpreendente.

    Hey Joe, de Claudio Giovannesi

    https://www.youtube.com/watch?v=b2CZZbGrsJQ

    New Jersey, Estados Unidos. Dean Barry, um veterano americano que teve uma relação com uma jovem napolitana durante a Segunda Guerra Mundial, retorna à Itália, a Nápoles, no início dos anos 1970, para conhecer seu filho. Dean deseja recuperar os vinte e cinco anos de ausência, mas seu filho já é um homem criado na criminalidade, adotado por um chefão do contrabando, e não demonstra qualquer interesse pelo pai americano.
    O filme estreou no Festival de Cinema de Roma de 2024 e venceu um Nastri d’Argento.

    Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai

    https://www.youtube.com/watch?v=olxZnOkfqIg

    Carlobianchi e Doriano, dois cinquentões à deriva, compartilham uma obsessão: tomar a última “a saideira”. Numa noite qualquer, enquanto vagam de carro de um bar a outro pela imensa planície do Vêneto, cruzam o caminho de Giulio, um jovem e tímido estudante de arquitetura. Esse encontro inusitado com dois mentores improváveis transforma radicalmente a visão de Giulio sobre o amor, a vida e o futuro.
    Um road movie nostálgico que viaja na velocidade da sobriedade.

    Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato

    Nico é um menino inquieto, irreverente e cheio de personalidade, criado em uma família laica, num mundo moderno e hiperconectado. Durante o verão, é enviado à Sicília para passar uma temporada com uma tia solteirona, extremamente religiosa e de temperamento difícil, que vive sozinha em um antigo casarão tomado por lendas e superstições, completamente à margem da tecnologia.
    Recebido com resistência, Nico é inserido à força em um universo místico dominado por anjos, espíritos e uma fé carregada de magia.
    O confronto entre o presente veloz e o passado silencioso marca o início de uma convivência turbulenta — mas, pouco a pouco, nasce entre os dois um vínculo profundo que mudará suas vidas.

    Diamanti, de Ferzan Özpetek

    https://www.youtube.com/watch?v=syCDCXbbdnM

    Situado em Roma nos anos 1970 e atualmente, o filme explora a jornada das irmãs Alberta e Gabriella Canova, donas de uma renomada ateliê de figurinos cinematográficos, e das habilidosas mulheres que nela trabalham. A trama desenha uma rica tapeçaria de memórias, solidariedade, ambições e desafios, celebrando a força feminina e a arte do figurino no cinema. Ozpetek reúne um elenco extraordinário de 18 atrizes italianas em papéis centrais. O filme foi premiado com o Nastro d’Argento na categoria de “Filme do Ano”, recebeu duas indicações e venceu um prêmio David di Donatello.

    Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida)

    https://www.youtube.com/watch?v=JiVbxgHjoHk

    Em 1956, Roberto Rossellini vive um momento de profunda crise pessoal e artística. Seus filmes mais recentes, realizados ao lado de Ingrid Bergman, fracassaram; o casamento está se desintegrando e a imprensa não perdoa. Quando Bergman decide retornar a Hollywood, Rossellini aceita um convite do primeiro-ministro indiano Nehru para documentar os avanços do país.
    Com uma mala cheia de dúvidas — e de espaguete — embarca para a Índia em busca de uma nova inspiração criativa e emocional, guiado por uma cultura que equilibra tradição e modernidade.
    Uma jornada íntima e reveladora sobre o homem por trás do mestre do neorrealismo.

    Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina

    https://www.youtube.com/watch?v=zG3r1ZzgcmM

    Em 1936, durante a guerra na Etiópia, a incrível história real de um príncipe africano capturado e mantido prisioneiro em uma gaiola de jardim, sob os olhares incrédulos dos habitantes de uma pequena cidade italiana. Seu nome é Abraham Imirrù, mas para o pequeno Emilio ele é Sandokan — e se tornará seu herói. Num mundo em que a imaginação de uma criança pode subverter a realidade, Emilio encontra na inesperada amizade com o guerreiro etíope a chave para descobrir a si mesmo.

    Amata (Amada), de Elisa Amoruso

    https://www.youtube.com/watch?v=tanri1fA4uY

    Duas vidas se encostam sem jamais se encontrar, conectadas por fios invisíveis e escolhas que podem mudar destinos. Nunzia é uma jovem estudante que enfrenta sozinha uma gravidez indesejada e precisa decidir entre manter ou renunciar à criança. Em outro cenário, Maddalena e seu marido Luca atravessam o vazio de uma vida ainda sem filhos, até que surge uma possibilidade delicada e cheia de expectativa. Com um olhar íntimo e profundamente humano, o filme acompanha o entrelaçar de duas mulheres — frágeis e combativas, poderosas e vulneráveis — que revelam o amor, a liberdade e a maternidade em suas múltiplas formas. Ao redor delas, a pequena Margherita surge como uma terceira presença, suspensa entre mundos distintos, guardiã silenciosa de um elo invisível que as une sem que ninguém perceba.

    La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano

    https://www.youtube.com/watch?v=ZQPSreIUCyY

    Irene vive em Roma quando recebe um chamado inesperado: deve voltar para Rimini para cuidar do irmão Omar, adulto e autista, que foi excessivamente protegido e não consegue ser independente. Omar, no entanto, tem sonhos claros — quer se tornar um cantor de rap, casar e ter três filhos — e pede a Irene que lhe ensine a “ser adulto” de verdade. Neste lar carregado de memórias, os dois embarcam num curso intensivo de crescimento mútuo, descobrindo que, para amadurecer, às vezes é preciso estar em sintonia em dois corações.

    Sessão Retrospectiva

    Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica

    Considerado um dos maiores clássicos do neorrealismo italiano, o filme retrata a dura realidade da Itália no pós-guerra, explorando temas como pobreza, dignidade e sobrevivência. Acompanhamos Antonio, um pai desempregado que finalmente consegue um trabalho colando cartazes, mas depende de sua bicicleta para trabalhar. Quando sua bicicleta é roubada, ele e seu filho pequeno percorrem Roma em uma busca desesperada para recuperá-la. Com atores não profissionais e uma narrativa simples porém profundamente comovente, Vittorio De Sica cria um retrato intenso da fragilidade humana e da luta por respeito e dignidade em meio às adversidades sociais.

    Paisà, de Roberto Rossellini

    Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, o filme apresenta seis episódios independentes, mas tematicamente conectados, que narram encontros entre soldados americanos e civis italianos durante a retirada alemã do sul ao norte da Itália. As histórias passam por locais como Sicília, Nápoles, Roma, Florença e o delta do rio Pó. Entre os personagens estão uma jovem camponesa que guia soldados por um campo minado, uma criança órfã que sobrevive roubando, uma prostituta em busca de um antigo amor, uma enfermeira em meio aos combates, três capelães de diferentes religiões acolhidos por monges e guerrilheiros italianos lutando ao lado da resistência. Rossellini constrói um poderoso mosaico humano sobre as consequências da guerra, o choque cultural e a solidariedade em tempos de conflito.

    Prima della Rivoluzione (Antes da Revolução), de Bernardo Bertolucci

    Ambientado em Parma, o filme explora os dilemas ideológicos e existenciais de um jovem burguês entre sua ideologia marxista e o conforto burguês de sua família. Noivo de Clelia, mas confuso após a chegada de sua enigmática tia Gina, ele mergulha em um turbilhão de dúvidas políticas, afetivas e existenciais. Uma obra de juventude em transformação que já antecipa a estética sofisticada de Bertolucci.

    L’Amore in Città (Amor na Cidade), de Michelangelo Antonioni, Dino Risi, Federico Fellini, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Cesare Zavattini e Alberto Lattuada

    Seis renomados cineastas italianos unem suas visões em uma antologia que retrata aspectos da vida cotidiana em Roma do pós-guerra. Tema central: a vida e o amor em Roma nos primeiros anos da década de 1950. Prostitutas, agentes matrimoniais, amantes esperançosos, mulheres suicidas e mães compartilham suas experiências e visões sobre os relacionamentos e a vida a dois. Um olhar neorrealista, social e por vezes poético sobre o amor, os costumes e a dura realidade da época.

    Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli

    Em uma fazenda na Toscana, Elena vive separada do marido Leonardo, um homem desinteressado e ausente, mais preocupado com a amante Lolli do que com a esposa ou as filhas, Franca e Malvina. Ao lado da irmã Claudia e da empregada Fosca, Elena forma um universo essencialmente feminino, onde o único homem presente é um tio idoso e senil que passa os dias tricotando. Esse equilíbrio delicado é abalado por uma série de crises, revelando a força e a união dessas mulheres diante das adversidades.

    Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini

    Em Milão, o operário Nullo se apaixona por sua colega siciliana Carmela. As chances de um relacionamento feliz parecem remotas: Nullo, um sindicalista anarquista e sem batismo, representa o Norte industrializado e politizado da Itália. Carmela, por outro lado, foi criada no seio de uma família católica tradicional do Sul. O filme é um melodrama neorrealista que combina uma história de amor entre um trabalhador de fábrica do Norte e uma jovem imigrante do Sul com uma forte crítica social sobre desigualdade regional, preconceito e as duras condições de trabalho enfrentadas pelos operários italianos nos anos 70.

    L’Assassino, de Elio Petri

    Alfredo Martelli, um negociante de antiguidades romano, é levado inesperadamente à delegacia de polícia e interrogado pelo implacável Inspetor Palumbo. Durante o longo e tenso interrogatório, Martelli descobre que sua amante, a rica e mais velha Adalgisa De Matteis, foi brutalmente assassinada a facadas e que ele é o principal suspeito. Confinado em uma cela, Martelli revisita em sua memória os momentos vividos ao lado de Adalgisa e o caso com a jovem Nicoletta Nogaro. Um thriller psicológico que, além da investigação policial, oferece uma crítica ácida à hipocrisia da sociedade italiana da época.

    Enrico IV, de Marco Bellocchio

    Durante uma festa à fantasia ambientada na Idade Média, um homem vestido como o imperador Henrique IV sofre uma queda de cavalo e bate a cabeça, causando-lhe sérias lesões neurológicas. A partir desse acidente, passa a acreditar ser realmente o Rei Henrique IV, vivendo por anos imerso nessa ilusão. A história, adaptada da peça homônima de Luigi Pirandello, é uma intensa reflexão sobre loucura, identidade e a tênue fronteira entre realidade e ilusão, com uma atuação magistral de Marcello Mastroianni no papel principal.

    Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi

    Baseado em fatos reais da Primeira Guerra Mundial, o filme é uma denúncia contundente da desumanidade e do absurdo das ordens militares nas trincheiras italianas. No norte da Itália, um batalhão enfrenta um impasse sangrento sob o comando do inflexível General Leone, que insiste em táticas obsoletas e mortais, como ataques frontais contra metralhadoras e estratégias medievais. Em meio a um cenário de sofrimento, medo e mortes em massa, o jovem Tenente Sassu passa a questionar a autoridade superior e o próprio sentido da guerra, enfrentando um doloroso conflito entre a obediência cega e a consciência moral. Um poderoso manifesto anti-militarista sobre os horrores da guerra.

    I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio

    Baseado em fatos reais, o filme retrata a trajetória de um grupo de jovens físicos italianos de talento extraordinário, conhecidos como “Os Rapazes da Via Panisperna”, liderados por Enrico Fermi. Durante a década de 1930, em Roma, eles realizaram descobertas fundamentais para o desenvolvimento da física nuclear moderna. A narrativa acompanha suas pesquisas, dilemas éticos e conflitos pessoais, destacando a figura enigmática de Ettore Majorana, cujo misterioso desaparecimento em 1938 permanece até hoje sem explicação.

    Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini

    Neste documentário, o cineasta Pier Paolo Pasolini registra sua viagem à Palestina enquanto buscava locações para o seu clássico “O Evangelho Segundo São Mateus”. Durante a jornada, Pasolini explora vilarejos, desertos e paisagens bíblicas, mas constata que a transformação moderna da região tornou inviável a reprodução autêntica do cenário bíblico. Em tom confessional e reflexivo, o diretor compartilha suas impressões sobre o conflito entre o passado sagrado e a realidade contemporânea, revelando como a Itália acabou se tornando o cenário ideal para a realização de seu épico religioso.

    La Cena (O Jantar), de Ettore Scola

    Em uma noite movimentada em um restaurante italiano, diferentes grupos de clientes — casais, famílias, jovens e idosos, turistas e frequentadores habituais — compartilham suas histórias ao longo do jantar. Sob o olhar atento e acolhedor da anfitriã Flora, o salão se transforma em um palco de confissões, reencontros, desentendimentos e celebrações. A câmera circula livremente entre as mesas, a cozinha e os bastidores, revelando tanto os dilemas dos clientes quanto as pequenas intrigas e aspirações da equipe do restaurante. Um mosaico humano que reflete a sociedade italiana com humor e melancolia.

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    1 novembre, roma, palazzo delle esposizioni: “pier paolo pasolini 1975-2025 s’infutura” + “ascolto di porno-teo-kolossal”

    Pier Paolo Pasolini 1975-2025 s’infutura / Ascolto di Porno-Teo-Kolossal

    1 novembre 2025 ore 18:30 PPP Visionario

    Pier Paolo Pasolini 1975-2025 s’infutura + Ascolto di Porno-Teo-Kolossal | Palazzo Esposizioni Roma – Sala Auditorium – Scalinata di via Milano 9a

    posti esauriti, non più disponibili

    https://www.palazzoesposizioniroma.it/evento/pier-paolo-pasolini-1975-2025-sinfutura-ascolto-di-porno-teo-kolossal

    Pier Paolo Pasolini 1975-2025 s’infutura
    conversazione tra Giuseppe Garrera e Silvia De Laude 

    a seguire
    Ascolto di Porno-Teo-Kolossal
    audio registrazione del trattamento del film con la voce originale di Pier Paolo Pasolini introduce Giuseppe Pollicelli

     

    Giuseppe Garrera – tra i curatori della grande mostra Pier Paolo Pasolini. TUTTO È SANTO. Il corpo poetico prodotta da Azienda Speciale Palaexpo nel 2022 – dialoga con Silvia De Laude, tra le maggiori studiose dell’autore che, tra le varie pubblicazioni, ha curato, con Walter Siti, i Meridiani delle opere complete di Pier Paolo Pasolini. Insieme passeranno in rassegna gli innumerevoli progetti, opere, carte, immagini, pensieri e futuri orizzonti di creazione di Pasolini, restati in sospeso, interrotti per sempre dall’improvvisa tragica morte, in uno dei momenti, il 1975, più fertili, entusiasmanti e febbrili della sua vita.

    A seguire, un’esperienza unica per consentire al pubblico in sala di immergersi direttamente nella fucina creativa del regista, attraverso un reperto rarissimo: la registrazione integrale della voce di Pasolini che racconta Porno-Teo-Kolossal, l’immenso progetto cinematografico che non potrà mai realizzare. 

    Pier Paolo Pasolini registra al magnetofono, scena per scena, il film che programma di iniziare a girare il prima possibile con protagonisti Eduardo De Filippo e Ninetto Davoli: il viaggio apocalittico di un re magio e del suo servo dietro la Stella Cometa, attraverso tutta la nostra storia e la cronaca d‘Italia, la dolcezza e la catastrofe delle ideologie, l’orrore della Storia, per giungere, in ritardo, nella desolazione di un tempo dove Cristo è già morto. Raccontato dalla sua viva voce, con l’entusiasmo e la gioia di una nuova creazione in atto che sta prendendo forma e luce, che già può immaginarsi per intero come visione. 

    È l’ultimo progetto cinematografico di Pier Paolo Pasolini, a breve distanza da Salò o le 120 giornate di Sodoma. Il ritrovamento da lì a pochi giorni del suo corpo ammazzato metterà fine alla realizzazione. Di questo immenso progetto rimangono solamente i nastri audio originali.

    Un ringraziamento speciale a Graziella Chiarcossi e Matteo Cerami, Eredi Pasolini, per aver messo a disposizione questo preziosissimo materiale e aver reso possibile l’evento, collegato alla rassegna Maratona Pasolini. Ascolto e visione, a cura di Giuseppe Garrera, Marco Berti, Francesca Pappalardo.

    Le iniziative di PPP VISIONARIO – 50° Anniversario dell’omicidio di Pier Paolo Pasolini sono promosse da Roma Capitale, Assessorato alla Cultura, con il coordinamento del Dipartimento Attività Culturali, in collaborazione con l’Istituzione Biblioteche di Roma, Fondazione Cinema per Roma, Fondazione Musica per Roma, Azienda Speciale Palaexpo, Teatro dell’Opera di Roma, Fondazione Teatro di Roma – Teatro Nazionale, TiC – Teatri in Comune. E poi, ancora, associazioni, operatrici e operatori culturali, artiste e artisti. Con il supporto organizzativo di Zètema Progetto Cultura.

    Il programma dell’intera rassegna, suscettibile di variazioni, è disponibile su www.culture.roma.it.

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    Pier Paolo Pasolini 1975-2025 s’infutura / Ascolto di Porno-Teo-Kolossal | Palazzo Esposizioni Roma

    Palazzo Esposizioni Roma è il più grande spazio espositivo nel centro della città di Roma. Produce e ospita mostre d’arte e scienza, rassegne cinematografiche, teatro, fotografia, musica, presentazione di libri e laboratori per grandi e bambini.

    Mio caro, ti scrivo dalle nuvole che mi sembrano un bel tappeto, così dolce che ci si potrebbe camminare sopra.

    Maria ... https://cctm.website/maria-callas-a-pier-paolo-pasolini-2/

    4 Febbraio 1970

    @cultura #lettere #mariacallas #pierpaolopasolini #cctmwebsite #anoipiaceleggere #leggere

    Maria Callas a Pier Paolo Pasolini - collettivo culturale tuttomondo

    Maria Callas a Pier Paolo Pasolini - Pasolini e Callas: un amore impossibile tra musica, cinema e letteratura ... cctm a noi piace leggere

    collettivo culturale tuttomondo

    “erano giorni stupendi”: giuseppe garrera sull'”esame come regista” di pasolini

    cliccare per accedere alla scheda editoriale

    Per la prima volta si presenta al pubblico l’inedito servizio fotografico che ritrae Pier Paolo Pasolini mentre sta girando i due provini per il suo primo film, Accattone, da sottoporre al giudizio di Fellini e ricevere il finanziamento e il battesimo da regista. In scena la Roma del Pigneto e del Prenestino, le mitiche vie Formia e Fanfulla da Lodi, gli attori “presi dal vero”, la prima apparizione di Franco Citti. La felicità dell’impresa. La bocciatura.

     

    “Erano giorni stupendi”
    Pasolini al suo esame come regista: due provini per il film “Accattone”, di Giuseppe Garrera
    Ronzani Editore, 2025
    Collana Cataloghi di mostre
    pp. 52

    https://ronzanieditore.it/acquista/erano-giorni-stupendi/

    #Accattone #cinema #Fellini #foto #fotografie #FrancoCitti #GiuseppeGarrera #Pasolini #PierPaoloPasolini #PPP #servizioFotografico

    napoli e roma: andrea cortellessa x 3

    Campania Libri Festival
    Napoli, Palazzo Reale, Sala Terza Pagina
    Domenica 5 ottobre alle 11:15
    UNA RAGIONE DI PIÙ PER ANDARE ALL’INFERNO. VEDERE, PASOLINI
    di Andrea Cortellessa (Treccani 2025)
    Giancarlo Alfano dialoga con l’autore

    Napoli, Palazzo Reale, Sala Quinta Pagina
    Domenica 5 ottobre alle 17:15
    LA VITA DEI DETTAGLI, di Antonella Anedda (Electa 2025)
    Andrea Cortellessa e Riccardo Donati dialogano con l’autrice. Introduce Carmen Gallo

    Roma, John Cabot University, Aula Magna Renella
    Lungotevere Raffaello Sanzio 11
    Mercoledì 15 ottobre alle 18
    PIER PAOLO PASOLINI, PAURA DELL’ARTE
    di Andrea Cortellessa

    per quest’ultimo incontro è consigliata la prenotazione entro le 12
    del 15 ottobre sul form all’indirizzo
    https://forms.office.com/e/KanSJ1uX6i

    #AndreaCortellessa #AntonellaAnedda #art #arte #CampaniaLibriFestival #CarmenGallo #Electa #GiancarloAlfano #JCU #JohnCabotUniversity #PalazzoReale #Pasolini #PierPaoloPasolini #PPP #RiccardoDonati #Treccani

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    Se non vuoi affrontare l'oppressione, il tuo ruolo da intellettuale è inutile

    Traduzione italiana della 38° newsletter del 2025 di Tricontinental: Institute for Social Research sul ruolo degli intellettuali nella lotta politica.

    Potere al Popolo

    Poesie di Vincenzo Petronelli – Una poesia fitta di vacillamenti, di vaneggiamenti, di zoppicamenti, di passi all’indietro, di un passo in avanti e due all’indietro; una poesia che va per passi laterali e per retrovie, per tentativi, per scorci e per scorciatoie, per smottamenti laterali, ribaltamenti, aperture parentetiche e serendipiche, per ri-tracciamenti, per sentieri che si rivelano Umwege e ri-tracciamenti all’indietro, di lato che si rivelano Holzwege.

    Poesie di Vincenzo Petronelli

    Fragmenta historica

    Latte di mandorla con ghiaccio sui tavoli del “Cafè de la guèrre”.
    Lamarmora e Mancini decidono la formazione per la trasferta di Magenta.
    “Sarà importante mantenere l’equilibrio tattico. Dal nostro ombrellone vista-mare sapremo guidarvi all’immancabile vittoria”.

    “Se avessi previsto il Narodni Dom, non avrei dipinto “Il Bacio””
    confidò Hayez alla Signora Päffgen in una camera del Chelsea Hotel.

    Il caffellatte nello scaldavivande in un ufficio della Zentralstelle in Wien.
    Eichmann arriva di primo mattino canticchiando “Rhapsody in blue”.
    “Il grande bulino è già in azione. Non pioveva sabbia da secoli
    sul Danubio,
    ma abbiamo già fatto saltare in aria il rapido 904 con le rane a bordo”.
    Mosè stava ritto sulla cima del colle, con in mano il bastone di Dio.
    A Theresienstadt in inverno si sta come in primavera.
    “Si sieda rabbino; posso offrirle del latte nero?”

    “Who by fire? Who in the night time?”

    Sulla soglia della stazione di Rocchetta Sant’Antonio.
    Alle spalle, Marcuse gusta dell’uva fragolina sotto un pergolato
    in Abbey Road; davanti
    il deserto del Negev: dobbiamo affrontarlo per intero
    per approdare alla stanza-dimora di Mario Gabriele.
    Da tempo ormai, non legge più “Satura”: ascolta heavy metal
    e sorseggia Bourbon.
    Tra poco, si festeggeranno le idi di marzo.

    Il Signor Dobermann all’alba
    accompagna i pochi vaccinati che si riuniscono nelle catacombe.
    Pompei deflagrò quando chiuse l’ultimo cocktail bar.
    “Le campagne sono tetre ed insicure signor generale: ci affidiamo alla Vostra guida”.
    Un fax ingiallito del 476 D.C firmato Flavius Odovacer.
    “Delenda Roma est”.

     

    Au revoir, rêves de gloire

    A bordo di una Tesla, i soldati lasciano Fort Alamo in direzione est:
    “Per il nostro prossimo anniversario ti regalerò l’Iraq amore!”.

    Al resort “Covo dei Cretesi” si celebrano le nozze di Telemaco e Nausicaa.
    Lo chef Dunand raccomanda:

    Tartare di bue agli estrogeni

    Lepre di tegole
    Frittatona di cipolle
    Peroni ghiacciata
    Rutto libero

    Tarzan, Furia, La casa nella prateria hanno fermato i treni per Tozeur.
    Il presidente ha la cravatta in pendant e la camicia fresca di lavanderia:
    “Dio è dalla nostra parte: vincere e vinceremo!”.

    Romolo e Salvatore sono ormai degli influencers su Instagram
    da quando Chat GPT
    li ha citati come icone LGBT.

    Christopher Mc Candless ha scritto dall’Alaska:
    la Vergine di Norimberga gli offre tortellini agli aculei tutte le sere.
    “Happiness only real when shared” . “L’aria si è addolcita al confine russo: tra pochi giorni tornerò a casa”

    L’annuncio urbi et orbi del ministro dei cocktails:
    “Da oggi è severamente vietato
    uscire senza abito da sera. I contravventori
    saranno sottoposti a rieducazione coatta
    presso la Antonio Cassano’s Fashion Academy ”.

    Renato Curcio fa i fanghi a Salsomaggiore con l’Università della terza età.
    Sulle spiagge di Albenga, ci si diverte con poco negli anni’60:
    buche di sabbia, palette, secchielli
    trick e track e bombe a mano.

    Norma aspetta all’angolo in attesa di poter entrare al Rotary
    nel suo fasciato nero d’occasione. Un’ auto in corsa le fa cat calling.
    “Dai pure il ciak Cecil: sono pronta per il primo piano”.

    “Addio, Hollywood!”. Si gira Occhio, malocchio, prezzemolo e finocchio”.

    Miraggi

    Padre Ralph ed il Commissario Lo Gatto sono arrivati questa mattina a Pantelleria.
    Le maestre elementari girano video su Tik Tok: è un’altra estate al mare.

    Mrs. Pynchon beve Negroni e tequila ghiacciata seduta al Bar Tramvia:
    per il suo barboncino invece, solo spritz e patatine.
    Lou Grant ha appena terminato di scrivere il suo ultimo pulp: “Pane, amore e botulino”.

    Il balcone della Signora Francavilla sull’orizzonte del primo giorno di vacanze.
    Chopin in tour al Lido Valerio presenta il suo ultimo album dance con Leone Di Lernia.

    Bagni radioattivi ed orzate di periferia, Enzo Tortora e Lech Wałęsa, Mike il partigiano ed Alvaro Vitali: stessa spiaggia, stesso mare.

    Enzo Sguera ha vinto per getto del bicchiere di whiskey al primo round:
    “Questo matrimonio non s’ha da fare”.

    Teresa ascolta i complimenti del supplente: Rosa rincasa tardi la sera con l’argenteria in tasca. Dino Zoff annuncia il suo ritiro. “Ho due braccia forti, benedizione di Babilonia”.

    Il vento tra gli ombrelloni sa di melanzane alla parmigiana, pasta al forno, eau de Chernobyl ed inchiostro al metanolo.
    Un corridoio al fosforo collega il Gargano e l’Albania nelle domeniche di agosto.

    “Da domani vita nuova: avrò un lavoro autonomo”. È l’Italia che va, abbronzata dai miraggi.

    Poetry kitchen GPT

    Prologo (su una panchina di Porta Romana, Agosto 2025)

    “Che diavolo sarà questa poetry kitchen, contessa?”
    “Ma che ne so? Vuol mettere le belle poesie che studiavamo a memoria a scuola:
    Pascoli, Carducci, Leopardi, D’Annunzio, con questa roba?
    Sicuramente Gennaro l’idraulico ne saprà più di noi”.
    “Ma come, n’o sapit? È come foss na specie d futurismo. Un momento, quando finisco di leggere la campagna acquisti del Napoli e vi faccio vedere una cosa”
    “Ecco qua cos’aggie trovat”

    *

    Un carrello
    deraglia tra le corsie di Marte,
    offerte 3×2 su stelle esauste
    — ma solo con la carta fedeltà di Giove.

    Il robot alla cassa
    scansiona il silenzio del cliente,
    codice a barre stampato sulla fronte:
    “Umano in scadenza 2054”.

    Fuori, piovono banane fluorescenti.
    Un influencer dal casco blu
    trasmette in diretta il diluvio,
    mentre Noè parcheggia il SUV elettrico
    nel box del condominio celeste.

    Intanto il parroco
    benedice le lattine di tonno,
    e un algoritmo invecchiato
    ricorda di aver amato
    una fotocopiatrice nel 1997

    Epilogo

    “Avete sentit sì che bella poesia? Chist sì, è poesia ch’a cazzimm”.

    Articolo dal Corriere della Sera del 30 Agosto 2025: “Si indaga sulla misteriosa morte della contessa di Vimodrone e della sua governante; si sospetta del poeta kitchen Vincenzo Petronelli”

    Il momento espressivo della forma-poesia è uno spazio espressivo integrale

    Il momento espressivo di Vincenzo Petronelli coincide con un linguaggio irriconoscibile. Voglio dire che se il momento espressivo si erige come un qualcosa di più di esso, degenera in pseudo-forma, degenera in mera esternazione dell’io, in chiacchiera, in opinione, in varianti dell’opinione, in sfoghi personali, in personalismi etc., cose legittime, s’intende, ma che non appartengono alla poesia intesa come «forma espressiva integrale» di un «evento».

    Il problema filosofico di fondo della poesia della seconda metà del novecento, che si prolunga per ignavia di pensiero poetico in questo post-novecento che è il nuovo secolo, è il non pensare che il problema di una «forma espressiva» non può essere disgiunto dal problema di uno «spazio espressivo integrato» e quest’ultimo non può essere disgiunto dal problema del «tempo espressivo» (tempus regit actum). Il digiuno di filosofia di cui si nutre la poesia scettico pragmatica del quotidiano, ha determinato in Italia una poesia prevedibile, scontatamente lineare, che procede in una sola dimensione: quella della linearità unitemporale a scartamento ridotto sulla misura dell’io; ne è derivata una poesia-comunicazione, poesia da infotainment. I responsabili di questa situazione di scacco della poesia italiana sono stati i maggiori poeti del secondo novecento: Eugenio Montale con Satura (1971), seguito a ruota da Pasolini con Trasumanar e organizzar (1971), da Elsa Morante con Il mondo salvato dai ragazzini (1971) e da Patrizia Cavalli con Le mie poesie non cambieranno il mondo (1975);  queste cose le ho già divulgate nel mio studio Dalla lirica al discorso poetico. Storia della poesia italiana 1945-2010 edito da EiLet di Roma nel 2011, ma era utile riepilogarle in questa sede.

    Qui posso solo tracciare il punto di arrivo di questa processualità italiana (ed europea): il minimalismo, il post-minimalismo, il cronachismo dell’io e il quotidianismo dell’io. Con questa conclusione intendevo tracciare una linea di riflessione che attraversa in diagonale la poesia del secondo Novecento, una linea di riflessione che diventa una linea di demarcazione della «discesa culturale» (dizione di Berardinelli) che ha attinto la poesia italiana del secondo novecento. Delle due l’una: o si accetta la poesia del post-minimalismo romano milanese, che prosegue la linea di una poesia da infotainment, o si tenta una  inversione di tendenza: da una poesia unidimensionale ad una poesia pluridimensionale, plurifrastica, plurilinguistica che accetti di misurarsi con uno «spazio espressivo integrato», con una molteplicità di spazi e di tempi, con una molteplicità di linguaggi, con quello che un tempo si definiva il «plurilinguismo e il pluristile».

    L’andatura apoplettica e sistematicamente sismicizzata della «nuova poesia» kitchen e distopica di Vincenzo Petronelli ha un andamento jazz, dove non sai mai che cosa vi dirà il verso successivo; una poesia fitta di vacillamenti, di vaneggiamenti, di zoppicamenti, di passi all’indietro, di un passo in avanti e due all’indietro; una poesia che va per passi laterali e per retrovie, per tentativi, per scorci e per scorciatoie, per smottamenti laterali, ribaltamenti, aperture parentetiche e serendipiche, per ri-tracciamenti, per sentieri che si rivelano Umwege e ri-tracciamenti all’indietro, di lato che si rivelano Holzwege. Una poesia che ha il coraggio di esternare una scommessa con l’ignoto dei linguaggi.

    Ma è che oggi non essendoci più una fondazione sulla quale posare il discorso poetico, anch’esso se ne va a ramengo, senza un mittente, senza un destinatario, privo di identità, contando unicamente sulla destinazione senza destinatario; si invia, si destina qualcosa a qualcuno pur sapendo che non giungerà più nulla a nessuno, in quanto la destinazione è priva di destino, si vive alla giornata seguendo il Principio Postale, la spedizione della cartolina, delle cartoline. Il «polittico» e il «kitchen» di Vincenzo Petronelli sono spazi espressivi integrati ragguagliabili ad inganni sussultori, inganni di frasari, di fraseggi, di cartoline, di invii, di ri-invii, di post-it, di scripta (che non manent), di voci interrotte. Si va per la via della complessificazione della forma-poesia, verso l’entropia dei linguaggi che collassano in un imbuto, in un buco nero. Si tratta di un meccanismo di ri-invii e di ri-tracciamenti destinati allo sviamento e all’evitamento, dove il messaggio, che reca impresso il desiderio, la pulsione, non arriva mai a destinazione in quanto per definizione freudiana inibito alla meta. Il Principio di Piacere che ha prodotto il desiderio approda infine al Principio di Realtà, e quest’ultimo retro agisce sul primo riproducendo il circuito chiuso di un meccanismo invernale. E così facendo perpetua il meccanismo di riproduzione del capitale libidico del piacere non ottenuto mediante la riproduzione del piacere libidico in piacere sublimato, piacere tras-posto, tras-ferito.

    Del resto, l’Elefante si è accomodato in salotto. E sta bene lì dove sta.

    (Giorgio Linguaglossa)

    Vincenzo Petronelli è nato a Barletta l’8 novembre del 1970, laureato in lettere moderne con specializzazione storico-antropologica, risiede ad Erba in provincia di Como. Dopo un primo percorso post-laurea come ricercatore universitario nell’ambito storico-antropologico-geografico e redattore editoriale negli stessi comparti, oltreché in quello musicale, attualmente gestisce un’attività di consulenza aziendale nel campo della comunicazione, del marketing internazionale e dell’export. Agisce in vari settori culturali. Come autore sono impegnato scrive testi di poesia, di narrativa e di storytelling sportivo, musicale e cinematografico, nonché come autore di testi per programmi televisivi e spettacoli teatrali. Nel contempo, prosegue nell’impegno come ricercatore in qualità di cultore della materia sul versante storico-antropologico, occupandosi in particolare di tematiche inerenti i sistemi di rappresentazione collettiva, l’immaginario collettivo, la cultura popolare, la cultura di massa, la storia delle religioni. È attivo nell’ambito della ricerca storica e antropologica e come storyteller, nell’organizzazione di eventi e festival culturali in diversi settori (musica, letteratura, teatro, divulgazione) e come promoter musicale. È redattore per il blog letterario internazionale lombradelleparole.wordpress.com e collabora con le riviste Il Mangiaparolee Mescalinaoccupandosi di musica, poesia e del rapporto tra poesia e scienze sociali. Dal 2018 è presidente dell’associazione letteraria Ammin Acarya di Como. Ha iniziato a comporre poesie dalla seconda metà degli anni novanta. Alcuni suoi testi sono presenti nelle antologie IPOET edita nel 2017 e Il Segreto delle Fragole edita nel 2018, entrambe a cura dell’editore Lietocolle, nonché in Mai la Parola rimane sola edita nel 2017 dalla associazione “Ammin  Acarya” di Como, nel blog letterario internazionale “L’Ombra delle Parole”. È uno degli autori presenti nelle Antologie Poetry kitchen 2022 e Poetry kitchen 2023, nonché nella Agenda 2023 Poesie kitchen edite e inedite 2023 e  nel volume di Giorgio Linguaglossa, L’Elefante sta bene in salotto, Progetto Cultura, Roma, 2022. Sue poesie sono presenti nel volume La poesia nell’epoca della Intelligenza Artificiale a cura di Giorgio Linguaglossa, Progetto Cultura, 2025.

    #ElsaMorante #FragmentaHistorica #giorgioLinguaglossa #IntelligenzaArtificiale #Montale #NuovaPoesia #PatriziaCavalli #PierpaoloPasolini #poesiaDistopica #poesiaKitchen #polittico #SpazioEspressivoIntegrale #VincenzoPetronelli

    dal 5 settembre @ paradiso (svizzera): pasolini+callas / a cura di silvia de laude e giuseppe garrera

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    PIER PAOLO PASOLINI E MARIA CALLAS. CRONACA DI UN AMORE
    in collaboration with @spazioferrobedo

    An exhibition on rare documents, original photographs, magazines, and manuscripts retracing the unique and controversial bond between two extraordinary figures – suspended between myth, gossip and history.

    Opening: 5 September, 6:00 pm
    Artphilein Library, via San Salvatore 2 CH-6900 Paradiso

    On view until October 3rd 2025

    The exhibition accompanies the publication of the book “Pier Paolo Pasolini e Maria Callas. Cronaca di un amore”, edited by @silviadelaude and Giuseppe Garrera.

    Part of Swiss Photomonth @swissphotomonth

    #ArtphileinLibrary #CollezioneGarrera #CollezioneGiuseppeGarrera #documenti #documentiRari #Ferrobedò #foto #fotoOriginali #fotografie #GiuseppeGarrera #magazines #mostra #originalPhotographs #PasoliniECallas #PierPaoloPasolini #rareDocuments #SilviaDeLauda #SwissPhotomonth

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    47 likes, 1 comments - artphilein__foundation on August 26, 2025: "PIER PAOLO PASOLINI E MARIA CALLAS. CRONACA DI UN AMORE in collaboration with @spazioferrobedo An exhibition on rare documents, original photographs, magazines, and manuscripts retracing the unique and controversial bond between two extraordinary figures - suspended between myth, gossip and history. ✨ Opening: 5 September, 6:00 pm 📍 Artphilein Library, via San Salvatore 2 CH-6900 Paradiso On view until October 3rd 2025 The exhibition accompanies the publication of the book “Pier Paolo Pasolini e Maria Callas. Cronaca di un amore”, edited by @silviadelaude and Giuseppe Garrera. Part of Swiss Photomonth @swissphotomonth #artphilein #artphileinlibrary #ferrobedo #mariacallas #pierpaolopasolini #exhibition #lugano".

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    Itália em cena: 20 anos de paixão pelo cinema

    A 20ª edição do Festival de Cinema Italiano chega ao Brasil em 29 de outubro de 2025 celebrando duas décadas de exibição e difusão da cinematografia italiana. Neste marco histórico, o evento reúne uma seleção especial que mescla estreias inéditas no país e uma retrospectiva de obras fundamentais, oferecendo ao público um panorama abrangente da riqueza e da diversidade do cinema da Itália. O Festival é um projeto organizado pela Câmara de Comércio Italiana de São Paulo (Italcam), em colaboração com a Embaixada da Itália e com o Ministério da Cultura.

    Nesta edição comemorativa, o evento homenageia os grandes maestros do cinema italiano: mestres do passado, que transformaram os escombros da guerra em imagens que emocionaram o mundo, e mestres do presente, que seguem expandindo esse legado com obras brilhantes, frutos diretos da herança deixada por seus predecessores.

    Na Sessão Inéditos, o público terá oportunidade de ver algumas das produções mais aguardadas do cinema italiano contemporâneo. Entre elas, está Le Assaggiatrici (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini, que retrata a experiência das mulheres forçadas a provar a comida de Hitler, e Napoli-New York, de Gabriele Salvatores, inspirado em uma história original de Fellini e Tullio Pinelli sobre duas crianças que migram clandestinamente para os Estados Unidos no pós-guerra. O festival também apresenta Eterno Visionario, de Michele Placido, um retrato íntimo de Luigi Pirandello; L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò, sobre as estratégias militares de Giuseppe Garibaldi; e Hey Joe, de Claudio Giovannesi, estrelado por James Franco, sobre o reencontro dramático entre um veterano americano e o filho que nunca conheceu. As comédias La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano e Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina trazem humor ao festival, enquanto o tom nostálgico marca o road movie Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai que esteve na Mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2025. Premiado em Locarno, Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato, explora o choque entre tradição e modernidade, e Diamanti, de Ferzan Özpetek, brinca com os limites entre realidade e ficção ao reunir atrizes em uma Roma dos Anos 1970. Completando a seleção, o documentário Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida) revisita a crise criativa e pessoal do mestre do neorrealismo nos anos 1950, revelando novos caminhos para sua obra, e o drama Amata (Amada), de Elisa Amoruso, revela o amor, a liberdade e a maternidade em suas múltiplas formas.

    Já a Sessão Retrospectiva homenageia os grandes maestros do cinema italiano, trazendo de volta às telas obras que marcaram a história da sétima arte. Entre os destaques, estão Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica, marco do neorrealismo, e Paisà, de Roberto Rossellini, que narra em episódios a libertação da Itália na Segunda Guerra. Também integram a programação Prima della Rivoluzione, de Bernardo Bertolucci, sobre os dilemas ideológicos da juventude; L’Amore in Città (Amor na Cidade), filme coletivo de Antonioni, Fellini, Zavattini e outros; e Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli, sobre solidariedade feminina em meio a crises familiares. O público poderá rever ainda Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini, ambientado no universo operário; L’Assassino, de Elio Petri, estrelado por Marcello Mastroianni; e Enrico IV, de Marco Bellocchio, inspirado em Pirandello. A seleção inclui ainda Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi, denúncia contundente da irracionalidade da guerra; I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio, sobre as descobertas científicas de Enrico Fermi e Ettore Majorana; Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini, documentário sobre a busca por locações autênticas para O Evangelho Segundo São Mateus; e La Cena (O Jantar), de Ettore Scola, que entrelaça vidas e dramas em um restaurante, revelando o cinema como palco da própria vida.

  • Sessão Inéditos
  • Le Assaggiatrici
  • Napoli-New York, de Gabriele Salvatores
  • Eterno Visionario, de Michele Placido
  • L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò
  • Hey Joe, de Claudio Giovannesi
  • Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai
  • Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato
  • Diamanti, de Ferzan Özpetek
  • Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida)
  • Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina
  • Amata (Amada), de Elisa Amoruso
  • La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano
  • Sessão Retrospectiva
  • Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica
  • Paisà, de Roberto Rossellini
  • L’Amore in Città (Amor na Cidade), de Michelangelo Antonioni, Dino Risi, Federico Fellini, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Cesare Zavattini e Alberto Lattuada
  • Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli
  • Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini
  • L’Assassino, de Elio Petri
  • Enrico IV, de Marco Bellocchio
  • Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi
  • I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio
  • Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini
  • La Cena (O Jantar), de Ettore Scola
  • Sessão Inéditos

    Le Assaggiatrici

    https://www.youtube.com/watch?v=s_N_NiqV1v4

    Inspirado no romance homônimo de Rosella Postorino, o longa revisita um capítulo pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial: o grupo de mulheres obrigadas a provar as refeições de Hitler. A narrativa combina tensão histórica e drama humano, abordando a solidariedade feminina em meio ao medo.

    Napoli-New York, de Gabriele Salvatores

    https://www.youtube.com/watch?v=_NgGj07dQWA

    No imediato pós-guerra, entre as ruínas de uma Nápoles devastada pela miséria, os pequenos Carmine e Celestina tentam sobreviver como podem, sempre se ajudando mutuamente. Numa noite, embarcam como clandestinos em um navio rumo a Nova York, com o sonho de viver com a irmã de Celestina, que emigrara anos antes. Ao lado de tantos outros italianos em busca de uma vida melhor, os dois chegam a uma metrópole estranha, que após muitos desafios e descobertas, aprenderão a chamar de lar.
    Escrito a partir de uma história original de Federico Fellini e Tullio Pinelli, o filme é dirigido pelo renomado Gabriele Salvatores e marca um tributo emocionante às esperanças e dores da imigração italiana. Um fragmento de arte cinematográfica criado por dois Mestres do passado ganha vida pelas mãos de Gabriele Salvatores, herdeiro daquele Cinema.

    Eterno Visionario, de Michele Placido

    https://www.youtube.com/watch?v=vdMhedTbSN0

    O filme retrata um momento crucial na vida de Luigi Pirandello, durante sua viagem de trem rumo a Estocolmo, onde receberá o Prêmio Nobel de Literatura. Entre memórias e visões, Pirandello revive os fantasmas de sua existência: a doença mental da esposa, os conflitos com os filhos, o relacionamento complexo com o fascismo e o escândalo causado por sua arte provocadora. Seu amor platônico por Marta Abba, musa e atriz, revela a fusão entre arte e vida, inspiração e sofrimento. A narrativa percorre Roma, a Estocolmo dos Nobel, a Berlim dos cabarés e a Sicília ancestral — compondo o retrato vibrante de um gênio implacável, um eterno visionário que transformou sua dor em arte.

    L’Abbaglio (A Ilusão), de Roberto Andò

    https://www.youtube.com/watch?v=_VHp9-qiPYA

    Em 1860, durante a Expedição dos Mil, Giuseppe Garibaldi enfrenta o poderoso exército Bourbon enquanto tenta conquistar Palermo. Quando tudo parece perdido, confia ao coronel Orsini um plano engenhoso: simular uma retirada com um grupo de feridos e soldados para enganar o comandante inimigo. Começa então uma arriscada partida de xadrez militar, marcada por manobras inesperadas e um desfecho surpreendente.

    Hey Joe, de Claudio Giovannesi

    https://www.youtube.com/watch?v=b2CZZbGrsJQ

    New Jersey, Estados Unidos. Dean Barry, um veterano americano que teve uma relação com uma jovem napolitana durante a Segunda Guerra Mundial, retorna à Itália, a Nápoles, no início dos anos 1970, para conhecer seu filho. Dean deseja recuperar os vinte e cinco anos de ausência, mas seu filho já é um homem criado na criminalidade, adotado por um chefão do contrabando, e não demonstra qualquer interesse pelo pai americano.
    O filme estreou no Festival de Cinema de Roma de 2024 e venceu um Nastri d’Argento.

    Le Città di Pianura (A Última Rodada), de Francesco Sossai

    https://www.youtube.com/watch?v=olxZnOkfqIg

    Carlobianchi e Doriano, dois cinquentões à deriva, compartilham uma obsessão: tomar a última “a saideira”. Numa noite qualquer, enquanto vagam de carro de um bar a outro pela imensa planície do Vêneto, cruzam o caminho de Giulio, um jovem e tímido estudante de arquitetura. Esse encontro inusitado com dois mentores improváveis transforma radicalmente a visão de Giulio sobre o amor, a vida e o futuro.
    Um road movie nostálgico que viaja na velocidade da sobriedade.

    Gioia Mia (Verão na Sicília), de Margherita Spampinato

    Nico é um menino inquieto, irreverente e cheio de personalidade, criado em uma família laica, num mundo moderno e hiperconectado. Durante o verão, é enviado à Sicília para passar uma temporada com uma tia solteirona, extremamente religiosa e de temperamento difícil, que vive sozinha em um antigo casarão tomado por lendas e superstições, completamente à margem da tecnologia.
    Recebido com resistência, Nico é inserido à força em um universo místico dominado por anjos, espíritos e uma fé carregada de magia.
    O confronto entre o presente veloz e o passado silencioso marca o início de uma convivência turbulenta — mas, pouco a pouco, nasce entre os dois um vínculo profundo que mudará suas vidas.

    Diamanti, de Ferzan Özpetek

    https://www.youtube.com/watch?v=syCDCXbbdnM

    Situado em Roma nos anos 1970 e atualmente, o filme explora a jornada das irmãs Alberta e Gabriella Canova, donas de uma renomada ateliê de figurinos cinematográficos, e das habilidosas mulheres que nela trabalham. A trama desenha uma rica tapeçaria de memórias, solidariedade, ambições e desafios, celebrando a força feminina e a arte do figurino no cinema. Ozpetek reúne um elenco extraordinário de 18 atrizes italianas em papéis centrais. O filme foi premiado com o Nastro d’Argento na categoria de “Filme do Ano”, recebeu duas indicações e venceu um prêmio David di Donatello.

    Roberto Rossellini, Più di una Vita (Mais que uma Vida)

    https://www.youtube.com/watch?v=JiVbxgHjoHk

    Em 1956, Roberto Rossellini vive um momento de profunda crise pessoal e artística. Seus filmes mais recentes, realizados ao lado de Ingrid Bergman, fracassaram; o casamento está se desintegrando e a imprensa não perdoa. Quando Bergman decide retornar a Hollywood, Rossellini aceita um convite do primeiro-ministro indiano Nehru para documentar os avanços do país.
    Com uma mala cheia de dúvidas — e de espaguete — embarca para a Índia em busca de uma nova inspiração criativa e emocional, guiado por uma cultura que equilibra tradição e modernidade.
    Uma jornada íntima e reveladora sobre o homem por trás do mestre do neorrealismo.

    Ho Visto Un Re (Eu Vi um Rei), de Giorgia Farina

    https://www.youtube.com/watch?v=zG3r1ZzgcmM

    Em 1936, durante a guerra na Etiópia, a incrível história real de um príncipe africano capturado e mantido prisioneiro em uma gaiola de jardim, sob os olhares incrédulos dos habitantes de uma pequena cidade italiana. Seu nome é Abraham Imirrù, mas para o pequeno Emilio ele é Sandokan — e se tornará seu herói. Num mundo em que a imaginação de uma criança pode subverter a realidade, Emilio encontra na inesperada amizade com o guerreiro etíope a chave para descobrir a si mesmo.

    Amata (Amada), de Elisa Amoruso

    https://www.youtube.com/watch?v=tanri1fA4uY

    Duas vidas se encostam sem jamais se encontrar, conectadas por fios invisíveis e escolhas que podem mudar destinos. Nunzia é uma jovem estudante que enfrenta sozinha uma gravidez indesejada e precisa decidir entre manter ou renunciar à criança. Em outro cenário, Maddalena e seu marido Luca atravessam o vazio de uma vida ainda sem filhos, até que surge uma possibilidade delicada e cheia de expectativa. Com um olhar íntimo e profundamente humano, o filme acompanha o entrelaçar de duas mulheres — frágeis e combativas, poderosas e vulneráveis — que revelam o amor, a liberdade e a maternidade em suas múltiplas formas. Ao redor delas, a pequena Margherita surge como uma terceira presença, suspensa entre mundos distintos, guardiã silenciosa de um elo invisível que as une sem que ninguém perceba.

    La Vita da Grandi (Irmãos), de Greta Scarano

    https://www.youtube.com/watch?v=ZQPSreIUCyY

    Irene vive em Roma quando recebe um chamado inesperado: deve voltar para Rimini para cuidar do irmão Omar, adulto e autista, que foi excessivamente protegido e não consegue ser independente. Omar, no entanto, tem sonhos claros — quer se tornar um cantor de rap, casar e ter três filhos — e pede a Irene que lhe ensine a “ser adulto” de verdade. Neste lar carregado de memórias, os dois embarcam num curso intensivo de crescimento mútuo, descobrindo que, para amadurecer, às vezes é preciso estar em sintonia em dois corações.

    Sessão Retrospectiva

    Ladri di Biciclette (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica

    Considerado um dos maiores clássicos do neorrealismo italiano, o filme retrata a dura realidade da Itália no pós-guerra, explorando temas como pobreza, dignidade e sobrevivência. Acompanhamos Antonio, um pai desempregado que finalmente consegue um trabalho colando cartazes, mas depende de sua bicicleta para trabalhar. Quando sua bicicleta é roubada, ele e seu filho pequeno percorrem Roma em uma busca desesperada para recuperá-la. Com atores não profissionais e uma narrativa simples porém profundamente comovente, Vittorio De Sica cria um retrato intenso da fragilidade humana e da luta por respeito e dignidade em meio às adversidades sociais.

    Paisà, de Roberto Rossellini

    Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, o filme apresenta seis episódios independentes, mas tematicamente conectados, que narram encontros entre soldados americanos e civis italianos durante a retirada alemã do sul ao norte da Itália. As histórias passam por locais como Sicília, Nápoles, Roma, Florença e o delta do rio Pó. Entre os personagens estão uma jovem camponesa que guia soldados por um campo minado, uma criança órfã que sobrevive roubando, uma prostituta em busca de um antigo amor, uma enfermeira em meio aos combates, três capelães de diferentes religiões acolhidos por monges e guerrilheiros italianos lutando ao lado da resistência. Rossellini constrói um poderoso mosaico humano sobre as consequências da guerra, o choque cultural e a solidariedade em tempos de conflito.

    Prima della Rivoluzione (Antes da Revolução), de Bernardo Bertolucci

    Ambientado em Parma, o filme explora os dilemas ideológicos e existenciais de um jovem burguês entre sua ideologia marxista e o conforto burguês de sua família. Noivo de Clelia, mas confuso após a chegada de sua enigmática tia Gina, ele mergulha em um turbilhão de dúvidas políticas, afetivas e existenciais. Uma obra de juventude em transformação que já antecipa a estética sofisticada de Bertolucci.

    L’Amore in Città (Amor na Cidade), de Michelangelo Antonioni, Dino Risi, Federico Fellini, Carlo Lizzani, Francesco Maselli, Cesare Zavattini e Alberto Lattuada

    Seis renomados cineastas italianos unem suas visões em uma antologia que retrata aspectos da vida cotidiana em Roma do pós-guerra. Tema central: a vida e o amor em Roma nos primeiros anos da década de 1950. Prostitutas, agentes matrimoniais, amantes esperançosos, mulheres suicidas e mães compartilham suas experiências e visões sobre os relacionamentos e a vida a dois. Um olhar neorrealista, social e por vezes poético sobre o amor, os costumes e a dura realidade da época.

    Speriamo che sia Femmina (Tomara que Seja Mulher), de Mario Monicelli

    Em uma fazenda na Toscana, Elena vive separada do marido Leonardo, um homem desinteressado e ausente, mais preocupado com a amante Lolli do que com a esposa ou as filhas, Franca e Malvina. Ao lado da irmã Claudia e da empregada Fosca, Elena forma um universo essencialmente feminino, onde o único homem presente é um tio idoso e senil que passa os dias tricotando. Esse equilíbrio delicado é abalado por uma série de crises, revelando a força e a união dessas mulheres diante das adversidades.

    Delitto d’Amore (Crime de Amor), de Luigi Comencini

    Em Milão, o operário Nullo se apaixona por sua colega siciliana Carmela. As chances de um relacionamento feliz parecem remotas: Nullo, um sindicalista anarquista e sem batismo, representa o Norte industrializado e politizado da Itália. Carmela, por outro lado, foi criada no seio de uma família católica tradicional do Sul. O filme é um melodrama neorrealista que combina uma história de amor entre um trabalhador de fábrica do Norte e uma jovem imigrante do Sul com uma forte crítica social sobre desigualdade regional, preconceito e as duras condições de trabalho enfrentadas pelos operários italianos nos anos 70.

    L’Assassino, de Elio Petri

    Alfredo Martelli, um negociante de antiguidades romano, é levado inesperadamente à delegacia de polícia e interrogado pelo implacável Inspetor Palumbo. Durante o longo e tenso interrogatório, Martelli descobre que sua amante, a rica e mais velha Adalgisa De Matteis, foi brutalmente assassinada a facadas e que ele é o principal suspeito. Confinado em uma cela, Martelli revisita em sua memória os momentos vividos ao lado de Adalgisa e o caso com a jovem Nicoletta Nogaro. Um thriller psicológico que, além da investigação policial, oferece uma crítica ácida à hipocrisia da sociedade italiana da época.

    Enrico IV, de Marco Bellocchio

    Durante uma festa à fantasia ambientada na Idade Média, um homem vestido como o imperador Henrique IV sofre uma queda de cavalo e bate a cabeça, causando-lhe sérias lesões neurológicas. A partir desse acidente, passa a acreditar ser realmente o Rei Henrique IV, vivendo por anos imerso nessa ilusão. A história, adaptada da peça homônima de Luigi Pirandello, é uma intensa reflexão sobre loucura, identidade e a tênue fronteira entre realidade e ilusão, com uma atuação magistral de Marcello Mastroianni no papel principal.

    Uomini Contro (A Vontade de um General), de Francesco Rosi

    Baseado em fatos reais da Primeira Guerra Mundial, o filme é uma denúncia contundente da desumanidade e do absurdo das ordens militares nas trincheiras italianas. No norte da Itália, um batalhão enfrenta um impasse sangrento sob o comando do inflexível General Leone, que insiste em táticas obsoletas e mortais, como ataques frontais contra metralhadoras e estratégias medievais. Em meio a um cenário de sofrimento, medo e mortes em massa, o jovem Tenente Sassu passa a questionar a autoridade superior e o próprio sentido da guerra, enfrentando um doloroso conflito entre a obediência cega e a consciência moral. Um poderoso manifesto anti-militarista sobre os horrores da guerra.

    I Ragazzi di Via Panisperna, de Gianni Amelio

    Baseado em fatos reais, o filme retrata a trajetória de um grupo de jovens físicos italianos de talento extraordinário, conhecidos como “Os Rapazes da Via Panisperna”, liderados por Enrico Fermi. Durante a década de 1930, em Roma, eles realizaram descobertas fundamentais para o desenvolvimento da física nuclear moderna. A narrativa acompanha suas pesquisas, dilemas éticos e conflitos pessoais, destacando a figura enigmática de Ettore Majorana, cujo misterioso desaparecimento em 1938 permanece até hoje sem explicação.

    Sopralluoghi in Palestina, de Pier Paolo Pasolini

    Neste documentário, o cineasta Pier Paolo Pasolini registra sua viagem à Palestina enquanto buscava locações para o seu clássico “O Evangelho Segundo São Mateus”. Durante a jornada, Pasolini explora vilarejos, desertos e paisagens bíblicas, mas constata que a transformação moderna da região tornou inviável a reprodução autêntica do cenário bíblico. Em tom confessional e reflexivo, o diretor compartilha suas impressões sobre o conflito entre o passado sagrado e a realidade contemporânea, revelando como a Itália acabou se tornando o cenário ideal para a realização de seu épico religioso.

    La Cena (O Jantar), de Ettore Scola

    Em uma noite movimentada em um restaurante italiano, diferentes grupos de clientes — casais, famílias, jovens e idosos, turistas e frequentadores habituais — compartilham suas histórias ao longo do jantar. Sob o olhar atento e acolhedor da anfitriã Flora, o salão se transforma em um palco de confissões, reencontros, desentendimentos e celebrações. A câmera circula livremente entre as mesas, a cozinha e os bastidores, revelando tanto os dilemas dos clientes quanto as pequenas intrigas e aspirações da equipe do restaurante. Um mosaico humano que reflete a sociedade italiana com humor e melancolia.

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