Lei da Burca, Hipocrisia Estatal e Subalternidade Feminina: Uma Leitura a partir de Spivak

Reflexões críticas sobre dominação, agência e silenciamento

A proibição da burca revela a persistência de estruturas de dominação e silenciamento. Spivak ajuda-nos a questionar quem fala, quem decide e quem é silenciado.

Introdução

A recente aprovação da lei que proíbe o uso da burca em espaços públicos suscita debates acesos sobre liberdade, segurança e identidade. Embora apresentada como uma medida destinada a garantir a identificação facial e a proteger o interesse público, tal legislação revela camadas mais profundas de controvérsia, sobretudo quando analisada à luz da teoria crítica de Gayatri Chakravorty Spivak sobre subalternidade e silenciamento. No ensaio Pode a subalterna tomar a palavra? (Orfeu Negro, 2021), Spivak problematiza precisamente as formas como o discurso ocidental “fala por” mulheres do Sul global, silenciando-as sob a aparência de emancipação. A questão que se coloca, portanto, não é apenas jurídica, mas também ética e política: quem decide sobre o corpo da mulher e que vozes são efetivamente ouvidas neste processo?

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Lei da Burca, Hipocrisia Estatal e Subalternidade Feminina: Uma Leitura a partir de Spivak

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Gayatri Chakravorty Spivak – Du Bois nel mondo: panafricanismo e decolonizzazione - ∫connessioni

di GAYATRI CHAKRAVORTY SPIVAK, da «b2o»* Ci sembra utile rendere disponibile in italiano questo test

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Chi può dirsi femminista? - di Carlotta Cossutta ed Elisa Virgili

Questa domanda nasce da una parte dalla lettura del libro Femonazionalismo. Il razzismo nel nome delle donne di Sara R. Farris, pubblicato recentemente da Alegre, e dall’altra dalla persistente immagine di Chiara Ferragni che indossa una maglietta di Dior con la scritta “We All Should be Feminist”. Dalle riflessioni critiche interne al femminismo, quindi, e

Effimera
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