La Contradicción Silenciosa: La exploración de petróleo en la Amazonia y la ausencia de movilización social frente a la crisis climática

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La reciente autorización para la exploración petrolera en la desembocadura del Amazonas representa uno de los ataques socioambientales más graves de nuestro tiempo. En medio de la intensificación de la crisis climática y en vísperas de la COP 30 —una conferencia que debería reafirmar los compromisos globales con la descarbonización—, Brasil opta por profundizar su dependencia de los combustibles fósiles, contradiciendo el discurso de liderazgo ambiental que pretende defender en el escenario internacional. La decisión pone de manifiesto una contradicción estructural entre el discurso político y la práctica gubernamental, exponiendo los límites de una transición energética que, en realidad, ha servido más a la retórica que a la acción efectiva.

Sin embargo, lo que resulta igualmente sorprendente es el silencio social que acompaña a este revés. La ausencia de una movilización masiva capaz de presionar al Estado y denunciar los riesgos de esta decisión revela una complacencia selectiva y una fragilidad crítica en los movimientos progresistas. Si un gobierno conservador adoptara una medida con un impacto ambiental similar, es probable que la reacción pública fuera más contundente, con manifestaciones generalizadas y una intensa cobertura mediática. Esta asimetría en la respuesta social sugiere que parte de la movilización ambiental en Brasil aún se guía por alineamientos político-partidistas, y no exclusivamente por principios éticos y científicos de defensa de la vida y el clima.

La pasividad ante un ataque de esta magnitud indica una peligrosa naturalización del extractivismo, incluso entre sectores históricamente comprometidos con la agenda socioambiental. Romper con esta lógica requiere rearticular la crítica ecológica como un campo autónomo, capaz de trascender las preferencias políticas y reafirmar la centralidad de la Amazonía como patrimonio vital del planeta. Ante el colapso climático, el silencio es complicidad, y la inacción es un gesto político que también destruye.

Por Luiz Rogério da Silva ( @luizrogeriodsilva ) , activista socioambiental por el clima.

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Sustentabilidade e Ação local para mudança global on Instagram: "A Contradição Silenciosa: A exploração de petróleo na Amazônia e a ausência de mobilização social diante da crise climática A recente autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas representa um dos mais graves ataques socioambientais da atualidade. Em meio à intensificação da crise climática e às vésperas da COP 30 — conferência que deveria reafirmar compromissos globais pela descarbonização — o Brasil escolhe aprofundar sua dependência de combustíveis fósseis, contrariando o discurso de liderança ambiental que pretende sustentar no cenário internacional. A decisão evidencia uma contradição estrutural entre o discurso político e a prática governamental, expondo os limites de uma transição energética que, na realidade, tem servido mais à retórica do que à ação efetiva. No entanto, o que chama igualmente a atenção é o silêncio social que acompanha tal retrocesso. A ausência de uma mobilização massiva, capaz de pressionar o Estado e denunciar os riscos dessa decisão, revela uma complacência seletiva e uma fragilidade crítica nos movimentos progressistas. Caso uma medida de semelhante impacto ambiental fosse adotada por um governo de perfil conservador, é provável que houvesse uma reação pública mais contundente, com manifestações amplas e intensa cobertura midiática. Essa assimetria na resposta social sugere que parte da mobilização ambiental no Brasil ainda se pauta por alinhamentos político-partidários, e não exclusivamente por princípios éticos e científicos de defesa da vida e do clima. A passividade diante de um ataque dessa magnitude indica uma perigosa naturalização do extrativismo, mesmo entre setores historicamente comprometidos com a agenda socioambiental. Romper com essa lógica exige rearticular a crítica ecológica como campo autônomo, capaz de transcender preferências políticas e reafirmar a centralidade da Amazônia como patrimônio vital do planeta. Diante do colapso climático, o silêncio é cumplicidade — e a omissão, um gesto político que também destrói. Por. Luiz Rogério da Silva ( @luizrogeriodsilva ) Ativista climático socioambiental."

9 likes, 4 comments - ecoaction.br on October 22, 2025: "A Contradição Silenciosa: A exploração de petróleo na Amazônia e a ausência de mobilização social diante da crise climática A recente autorização para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas representa um dos mais graves ataques socioambientais da atualidade. Em meio à intensificação da crise climática e às vésperas da COP 30 — conferência que deveria reafirmar compromissos globais pela descarbonização — o Brasil escolhe aprofundar sua dependência de combustíveis fósseis, contrariando o discurso de liderança ambiental que pretende sustentar no cenário internacional. A decisão evidencia uma contradição estrutural entre o discurso político e a prática governamental, expondo os limites de uma transição energética que, na realidade, tem servido mais à retórica do que à ação efetiva. No entanto, o que chama igualmente a atenção é o silêncio social que acompanha tal retrocesso. A ausência de uma mobilização massiva, capaz de pressionar o Estado e denunciar os riscos dessa decisão, revela uma complacência seletiva e uma fragilidade crítica nos movimentos progressistas. Caso uma medida de semelhante impacto ambiental fosse adotada por um governo de perfil conservador, é provável que houvesse uma reação pública mais contundente, com manifestações amplas e intensa cobertura midiática. Essa assimetria na resposta social sugere que parte da mobilização ambiental no Brasil ainda se pauta por alinhamentos político-partidários, e não exclusivamente por princípios éticos e científicos de defesa da vida e do clima. A passividade diante de um ataque dessa magnitude indica uma perigosa naturalização do extrativismo, mesmo entre setores historicamente comprometidos com a agenda socioambiental. Romper com essa lógica exige rearticular a crítica ecológica como campo autônomo, capaz de transcender preferências políticas e reafirmar a centralidade da Amazônia como patrimônio vital do planeta. Diante do colapso climático, o silêncio é cumplicidade — e a omissão, um gesto político que também destrói. Por. Luiz Rogério da Silva ( @luizrogeriodsilva ) Ativista climático socioambiental.".

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